Um jornalista em Ubá tem sido abordado por pessoas comuns, com manifestações, por exemplo:
1) Sobre terem aterrado com areia o encantador chafariz (matando-o) do belíssimo Jardim Cristiano Roças, na Praça São Januário, de Ubá. Ele diz ter procurado a Prefeitura, onde teria ouvido da autoridade responsável que a água ali gasta energia a bombeá-la e representava risco de dengue... ao que o cidadão retrucou: "Ora, é só tratar, botar cloro...!" Pois é, gente, o rapaz entende que foi buscada a chamada "solução fácil para as coisas". "A beleza do chafariz, o adorno a embelezar o logradouro cartão de visita da cidade, isto não conta, gente?...", concluiu, insatisfeito.
ELTON MELLO ESTEVAM analisa obra literária de Victorio Codo
Breve análise da obra
“Da Montanha ao Pantanal”
Elton Mello Estevam (*)
De leitura suave e instigante, o livro de Victorio Codo evita cantilenas obsoletas e digressões inoportunas, transportando o leitor a uma atmosfera de intimidade com o autor, mesmo aqueles que não o conhecem. Além do mais, são verdadeiras aulas de geografia, biologia, cultura geral e, por que não, filosofia. Sim, a obra apresenta-se indiretamente filosófica no sentido de que instiga o leitor a uma reflexão sobre a sua condição e a dos demais ditos civilizados. Com efeito, a agradável leitura de mais essa bela produção literária, enveredando-se pela cultura indígena e cabocla, nos convida a refletir sobre os nossos próprios hábitos e costumes que, vistos sob a ótica do controle social, ilusoriamente nos afiguram os únicos possíveis.
No tocante à estrutura da obra, percebe-se que é produto de um escritor experiente e arguto, de espírito vivo, engenhoso, talentoso, perspicaz, sutil, que não se contenta com a simples narrativa do fato. Procura, antes, explicar as causas dos fenômenos relatados, sem, contudo, cair na amargura tediosa que abarcam muitas pesquisas que se tornam extensas demais. Destarte, o autor é breve e agradável nas suas explicações científicas e/ou históricas, enriquecendo ainda mais a obra, que transcende à narrativa casual. Parece-me, outrossim, que ele assimilou bem a lição de Graciliano Ramos: “A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer”.
Os fatos relatados são de singular curiosidade. Curiosidade esta que prende o leitor do início ao fim do livro, em um original e real suspense que não o permite levantar para ir pegar um copo d’água, sem antes completar a leitura do capítulo! De resto, com o término da leitura de “Da Montanha ao Pantanal” fica aquele gostinho na alma satisfeita, que só irá se dissipar ao sabor do vento e das horas...
(*) ELTON MELLO ESTEVAM é ubaense, 19 anos, universitário. É autor de Don Juan e o oráculo de Zeus, obra de ficção mitológica, realismo fantástico, em prosa, com comentário de Marum Alexander e Cláudio Estevam. Em Antologia, seu segundo livro, também edição do autor, Elton brinda o leitor com seus contos e textos filosóficos, que induzem a reflexão sobre o tema Ideologia. O jovem escritor tem diversos trabalhos, em prosa e em verso, publicados na internet e em periódicos locais. Interrompeu a produção do seu terceiro livro, Guia Pessoal Conhecimento do Mundo. Sobre Deus e o Diabo (teatro), que seria o quarto livro do autor, encontra-se em preparação.
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O texto acima foi lido na sessão solene da Aule de 01/12/2006, de lançamento do outro livro de Victorio Codo: A Odisséia da Família Napolitani Codo. O intérprete foi o talentoso garoto, estudante Francisco Brandão Teixeira do Rego.
“Da Montanha ao Pantanal”
Elton Mello Estevam (*)
De leitura suave e instigante, o livro de Victorio Codo evita cantilenas obsoletas e digressões inoportunas, transportando o leitor a uma atmosfera de intimidade com o autor, mesmo aqueles que não o conhecem. Além do mais, são verdadeiras aulas de geografia, biologia, cultura geral e, por que não, filosofia. Sim, a obra apresenta-se indiretamente filosófica no sentido de que instiga o leitor a uma reflexão sobre a sua condição e a dos demais ditos civilizados. Com efeito, a agradável leitura de mais essa bela produção literária, enveredando-se pela cultura indígena e cabocla, nos convida a refletir sobre os nossos próprios hábitos e costumes que, vistos sob a ótica do controle social, ilusoriamente nos afiguram os únicos possíveis.
No tocante à estrutura da obra, percebe-se que é produto de um escritor experiente e arguto, de espírito vivo, engenhoso, talentoso, perspicaz, sutil, que não se contenta com a simples narrativa do fato. Procura, antes, explicar as causas dos fenômenos relatados, sem, contudo, cair na amargura tediosa que abarcam muitas pesquisas que se tornam extensas demais. Destarte, o autor é breve e agradável nas suas explicações científicas e/ou históricas, enriquecendo ainda mais a obra, que transcende à narrativa casual. Parece-me, outrossim, que ele assimilou bem a lição de Graciliano Ramos: “A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer”.
Os fatos relatados são de singular curiosidade. Curiosidade esta que prende o leitor do início ao fim do livro, em um original e real suspense que não o permite levantar para ir pegar um copo d’água, sem antes completar a leitura do capítulo! De resto, com o término da leitura de “Da Montanha ao Pantanal” fica aquele gostinho na alma satisfeita, que só irá se dissipar ao sabor do vento e das horas...
(*) ELTON MELLO ESTEVAM é ubaense, 19 anos, universitário. É autor de Don Juan e o oráculo de Zeus, obra de ficção mitológica, realismo fantástico, em prosa, com comentário de Marum Alexander e Cláudio Estevam. Em Antologia, seu segundo livro, também edição do autor, Elton brinda o leitor com seus contos e textos filosóficos, que induzem a reflexão sobre o tema Ideologia. O jovem escritor tem diversos trabalhos, em prosa e em verso, publicados na internet e em periódicos locais. Interrompeu a produção do seu terceiro livro, Guia Pessoal Conhecimento do Mundo. Sobre Deus e o Diabo (teatro), que seria o quarto livro do autor, encontra-se em preparação.
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O texto acima foi lido na sessão solene da Aule de 01/12/2006, de lançamento do outro livro de Victorio Codo: A Odisséia da Família Napolitani Codo. O intérprete foi o talentoso garoto, estudante Francisco Brandão Teixeira do Rego.
domingo, 21 de março de 2010
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Meu querido amigo Antonio Carlos, voce merece todos os elogios possiveis, nao posso comentar sobre o que acontece em nossa cidade, estando longe ha anos. Eu tento acompanhar os fatos, porem torna-se dificil fazer alguma critica que seja positiva ou negativa sobre os acontecimentos. Quem vive o quotidiano è pessoa mais indicada! Por exemplo, as mudanças feitas na cidade mataram minha memoria da linda Ubà com seu Jardim e cadeiras podadas....A modernidade chega e....
ResponderExcluirPosso falar de seus "escritos" maravilhosos que me fazem bem ao ler. um beijo grande
Muito boa a nova formatação do blog. Parabéns ao Marcelo. E a você também, já que agora pode expressar suas idéias aqui sempre que desejar. Parabéns pai! Estarei sempre aqui te acompanhando.
ResponderExcluirAbraço,
Marlus.
Meu irmão. É com tristeza que leio a notícia sobre o que fizeram com o "CHAFARIZ" da Praça São Januário de nossa cidade. Como bem disse, sua amiga Rosália sobre memórias, eu também tenho boas lembranças das cadeiras podadas. Adorava passar por alí e ficar apreciando aquelas maravilhas. Às vezes, quando criança (sem noção), observava se não havia alguém olhando e me deitava nas cadeiras de grama. Naquela época, tudo era alegria... Hoje...Bjs: sua mana preferida.
ResponderExcluirPois é, estão acabando com tudo em nome da nobre causa do "crescimento". E agora até um chafariz entrou na dança. Aterrarram um inocente e ornamentado esguicho por causa de um "pernilongo". Era só colocar peixinhos lá gente, que bicho dava jeito no famigerado "dengozo" e ainda arrotava sorridente: Glut, Glut.
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