PRESIDENTE DA ACADEMIA UBAENSE DE LETRAS JÁ DEIXA SAUDADES
Taís Alves
Tive pouco tempo de convivência com o advogado e poeta, Dr. Manoel Brandão Teixeira. Eu o conheci durante alguns meses antes da minha posse na Aule, em maio do ano passado. Porém, foram muitos os momentos marcantes.
Na primeira reunião, quando fui convidada a assinar o primeiro termo, me comprometendo a participar da Academia, tive a certeza de tudo aquilo que já haviam me falado: seu Manoel era uma pessoa muito íntegra e que sabia reconhecer o valor de cada ser humano. Neste encontro com os demais neo-acadêmicos, ele nos deixou claro a necessidade do envolvimento de cada um de nós nos projetos da Aule. Em sua fala, percebíamos o entusiasmo daquele "menino-senhor" em levar adiante a cultura ubaense.
No dia da minha posse, ele me surpreendeu novamente com elogios e incentivo para que continue escrevendo e utilize os dons que Deus me presenteou em prol dos ideiais da Aule.
Os meses foram passando e tivemos a oportunidade de nos encontrar em vários outros eventos culturais do município. E naqueles em que não pude estar presente, por estar em sala de aula à noite, ou por outros compromissos, sempre ouvia depois o puxão de orelhas do senhor Manoel.
Ele era um defensor atento do Patrimônio Cultural do município. Não faltava a uma reunião do Conselho. Nem quando a saúde não ajudava como certa vez, quando ele ainda sofria dores em todo o corpo, em função de uma queda proveniente de um assalto sofrido em Ubá.
Uma das últimas vezes que tivemos a oportunidade de conversar foi durante a reunião de final de ano da Academia Ubaense de Letras. Ele estava muito empolgado com a publicação do livro com as obras dos acadêmicos e novamente me incentivou, dizendo que eu não poderia ficar de fora daquela publicação. E assim o fiz.Um pedido do senhor Manoel era uma ordem para todos nós acadêmicos.
Nesta segunda, dia 22 de março, fui surpreendida com a notícia de seu passamento. O seu fiel escudeiro, o secretário da Aule, Antonio Carlos Estevam, se imcubiu de nos avisar.
Menos de um ano de convivência, mas aprendi muito com ele. E queria aprender mais. Fica o compromisso de ler suas obras, seus poemas maravilhosos que nos emocionam. E a certeza de que as atividades da Academia Ubaense de Letras precisam continuar.
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Fonte: http://taisalvesuba.blogspot.com/2010/03/presidente-da-academia-ubaense-de.html
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Autora: Taís de Souza Alves, jornalista e professora Universitária, é mestre em Comunicação Social e membro da ACADEMIA UBAENSE DE LETRAS, cadeira n. 10, cujo patrono é o major, escritor e e jornalista Lázaro Raymundo Gomes, às 13:21 de quarta-feira, 24 de março de 2010.
ELTON MELLO ESTEVAM analisa obra literária de Victorio Codo
Breve análise da obra
“Da Montanha ao Pantanal”
Elton Mello Estevam (*)
De leitura suave e instigante, o livro de Victorio Codo evita cantilenas obsoletas e digressões inoportunas, transportando o leitor a uma atmosfera de intimidade com o autor, mesmo aqueles que não o conhecem. Além do mais, são verdadeiras aulas de geografia, biologia, cultura geral e, por que não, filosofia. Sim, a obra apresenta-se indiretamente filosófica no sentido de que instiga o leitor a uma reflexão sobre a sua condição e a dos demais ditos civilizados. Com efeito, a agradável leitura de mais essa bela produção literária, enveredando-se pela cultura indígena e cabocla, nos convida a refletir sobre os nossos próprios hábitos e costumes que, vistos sob a ótica do controle social, ilusoriamente nos afiguram os únicos possíveis.
No tocante à estrutura da obra, percebe-se que é produto de um escritor experiente e arguto, de espírito vivo, engenhoso, talentoso, perspicaz, sutil, que não se contenta com a simples narrativa do fato. Procura, antes, explicar as causas dos fenômenos relatados, sem, contudo, cair na amargura tediosa que abarcam muitas pesquisas que se tornam extensas demais. Destarte, o autor é breve e agradável nas suas explicações científicas e/ou históricas, enriquecendo ainda mais a obra, que transcende à narrativa casual. Parece-me, outrossim, que ele assimilou bem a lição de Graciliano Ramos: “A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer”.
Os fatos relatados são de singular curiosidade. Curiosidade esta que prende o leitor do início ao fim do livro, em um original e real suspense que não o permite levantar para ir pegar um copo d’água, sem antes completar a leitura do capítulo! De resto, com o término da leitura de “Da Montanha ao Pantanal” fica aquele gostinho na alma satisfeita, que só irá se dissipar ao sabor do vento e das horas...
(*) ELTON MELLO ESTEVAM é ubaense, 19 anos, universitário. É autor de Don Juan e o oráculo de Zeus, obra de ficção mitológica, realismo fantástico, em prosa, com comentário de Marum Alexander e Cláudio Estevam. Em Antologia, seu segundo livro, também edição do autor, Elton brinda o leitor com seus contos e textos filosóficos, que induzem a reflexão sobre o tema Ideologia. O jovem escritor tem diversos trabalhos, em prosa e em verso, publicados na internet e em periódicos locais. Interrompeu a produção do seu terceiro livro, Guia Pessoal Conhecimento do Mundo. Sobre Deus e o Diabo (teatro), que seria o quarto livro do autor, encontra-se em preparação.
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O texto acima foi lido na sessão solene da Aule de 01/12/2006, de lançamento do outro livro de Victorio Codo: A Odisséia da Família Napolitani Codo. O intérprete foi o talentoso garoto, estudante Francisco Brandão Teixeira do Rego.
“Da Montanha ao Pantanal”
Elton Mello Estevam (*)
De leitura suave e instigante, o livro de Victorio Codo evita cantilenas obsoletas e digressões inoportunas, transportando o leitor a uma atmosfera de intimidade com o autor, mesmo aqueles que não o conhecem. Além do mais, são verdadeiras aulas de geografia, biologia, cultura geral e, por que não, filosofia. Sim, a obra apresenta-se indiretamente filosófica no sentido de que instiga o leitor a uma reflexão sobre a sua condição e a dos demais ditos civilizados. Com efeito, a agradável leitura de mais essa bela produção literária, enveredando-se pela cultura indígena e cabocla, nos convida a refletir sobre os nossos próprios hábitos e costumes que, vistos sob a ótica do controle social, ilusoriamente nos afiguram os únicos possíveis.
No tocante à estrutura da obra, percebe-se que é produto de um escritor experiente e arguto, de espírito vivo, engenhoso, talentoso, perspicaz, sutil, que não se contenta com a simples narrativa do fato. Procura, antes, explicar as causas dos fenômenos relatados, sem, contudo, cair na amargura tediosa que abarcam muitas pesquisas que se tornam extensas demais. Destarte, o autor é breve e agradável nas suas explicações científicas e/ou históricas, enriquecendo ainda mais a obra, que transcende à narrativa casual. Parece-me, outrossim, que ele assimilou bem a lição de Graciliano Ramos: “A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer”.
Os fatos relatados são de singular curiosidade. Curiosidade esta que prende o leitor do início ao fim do livro, em um original e real suspense que não o permite levantar para ir pegar um copo d’água, sem antes completar a leitura do capítulo! De resto, com o término da leitura de “Da Montanha ao Pantanal” fica aquele gostinho na alma satisfeita, que só irá se dissipar ao sabor do vento e das horas...
(*) ELTON MELLO ESTEVAM é ubaense, 19 anos, universitário. É autor de Don Juan e o oráculo de Zeus, obra de ficção mitológica, realismo fantástico, em prosa, com comentário de Marum Alexander e Cláudio Estevam. Em Antologia, seu segundo livro, também edição do autor, Elton brinda o leitor com seus contos e textos filosóficos, que induzem a reflexão sobre o tema Ideologia. O jovem escritor tem diversos trabalhos, em prosa e em verso, publicados na internet e em periódicos locais. Interrompeu a produção do seu terceiro livro, Guia Pessoal Conhecimento do Mundo. Sobre Deus e o Diabo (teatro), que seria o quarto livro do autor, encontra-se em preparação.
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O texto acima foi lido na sessão solene da Aule de 01/12/2006, de lançamento do outro livro de Victorio Codo: A Odisséia da Família Napolitani Codo. O intérprete foi o talentoso garoto, estudante Francisco Brandão Teixeira do Rego.
quinta-feira, 25 de março de 2010
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