ACADEMIA UBAENSE DE LETRAS
Nulla dies sine linea
Casa de Antônio Olinto
Fundada em 29 de julho de l983
Entidade de Utilidade Pública
Lei Estadual n. 9.249/86 – Lei Munic. n. 1.729/86
Av. Cristiano Roças, 163 – 2o. piso – UBÁ-MG – CEP 36500-000
e-mail: academiaubaensedeletras@yahoo.com.br
ESTATUTOS DA
ACADEMIA UBAENSE DE LETRAS
(Registrado no Cartório de Registro de Títulos e Documentos da Comarca de Ubá)
CAPÍTULO I
Art. 1º. – A ACADEMIA UBAENSE DE LETRAS, fundada no dia 29 de julho de 1983, na cidade de Ubá, MG, onde se encontra sua sede e domicílio, é uma sociedade civil, de prazo ilimitado, e reger-se-á consoante os presentes Estatutos.
Art. 2º. – A Academia tem por finalidade:
A) Acolher, em seu seio, sem distinção de sexo, religião, ou idéias políticas, os valores artísticos e literários do município, na forma estabelecida nestes Estatutos;
B) Desenvolver, nesta comuna, a cultura, a história da terra, o culto à literatura e as letras e artes, homenageando os escritores locais;
C) Comemorar as grandes datas locais e os grandes nomes municipais.
Art. 3º. – A Academia compõe-se de quarenta membros, nascidos em Ubá ou ligados à cidade, podendo ter outros tantos correspondentes.
Parágrafo único: Qualquer que seja o gênero de cultura: poesia, romance, contos, história, filologia, crítica, jornalismo ou especializadas constituem elemento para aquisição do sócio.
Art 4º. – O sócio será proposto por um dos membros e examinada a proposta pela comissão de Sindicância e aprovada pela casa, que tomará posse em sessão destinada a esse fim.
Parágrafo 1º. – Cada novo membro, com proposta aprovada e aceita, escolherá um vulto ilustre do município para seu patrono, cujo elogio (panegírico) fará.
Parágrafo 2º. – Os escritores nascidos em Ubá, mas residentes fora do município, farão parte da Academia, mas não estão sujeitos à freqüência às sessões.
CAPÍTULO II
DOS SÓCIOS
Art. 5º. – A Academia terá as seguintes categorias de membros:
a) Fundadores;
b) Efetivos;
c) Correspondentes;
d) Honorários.
Parágrafo 1º. – Fundadores são os que assinaram a ata de fundação
Parágrafo 2º. – São efetivos os que forem propostos por qualquer sócio e, após parecer favorável da comissão de Sindicância, aceitos em sessão comum.
Parágrafo 3º. – Correspondentes, os que, residentes fora do município, forem julgados dignos dessa homenagem por serviços prestados à casa.
Parágrafo 4º. – Honorários, quaisquer cidadãos, ubaenses ou não, que prestem serviço relevante à casa ou a ela destinem quantia vultuosa.
CAPÍTULO III
DA ADMISSÃO DE SÓCIOS
Art 6º. – Admitir-se-ão como sócios os que tenham publicado trabalhos de mérito literário ou científico, em livros ou publicações, ou obras de valor artístico.
Parágrafo único – Qualquer proposta feita por sócio efetivo receberá parecer escrito.
Art. 7º. – Serão excluídos do quadro social os sócios condenados por crime infamante e os de comportamento indesejável e os que, residentes no município, faltarem dois anos seguidos às sessões, sem justificativas.
Art. 8º. – Far-se-á a exclusão por proposta da Diretoria e votação secreta.
CAPÍTULO IV
DA DIRETORIA
Art. 9º. – A Academia será composta de 40 Acadêmicos, sendo 30 efetivos, residentes em Ubá, e 10 efetivos, de ubaenses ausentes.
Art. 10º. – São os seguintes os cargos de direção da Academia Ubaense de Letras:
1) Presidente
2) Vice-Presidente
3) Primeiro Secretário
4) Segundo Secretário
5) Tesoureiro
6) Bibliotecário
Art. 11º. – O mandato da Diretoria terá a duração de dois anos, podendo os membros ser reeleitos.
Art. 12º. – É também órgão da Diretoria a Comissão de Sindicância, que examinará as propostas de novos sócios, fiscalizará as contas da entidade e proporá as medidas necessárias ao bom funcionamento da instituição.
CAPÍTULO V
DAS ATRIBUIÇÕES
Art 13º. – Ao Presidente, que é o representante legal da Academia em juízo e fora dele, compete:
a) Presidir as sessões;
b) Desempatar a votação;
c) Cumprir e fazer cumprir os Estatutos;
d) Assinar, com o secretário, os Diplomas dos sócios;
e) Convocar as sessões solenes, fixando local, data e hora;
f) Designar os oradores e representantes da Academia;
g) Autorizar as despesas sociais;
h) Rubricar os livros, assinar as atas, despachar a correspondência e fixar a ordem do dia;
i) Assinar, com o Tesoureiro, os cheques e ordens de pagamento;
j) Designar o acadêmico para saudar os novos sócios.
Art. 14º. – Caberá ao Vice-Presidente substituir o Presidente em suas faltas e impedimentos, cooperando com ele em toda a vida social.
Art. 15º. – Compete ao Primeiro Secretário:
a) Lavrar as atas da sociedade e lê-las;
b) Assinar os diplomas dos sócios com o Presidente;
c) Substituir o Vice-Presidente nas suas faltas;
d) Participar da Mesa Diretora
e) Cuidar da correspondência.
Art. 16º. – Compete ao Segundo Secretário:
a) Substituir o 1º. Secretário em suas faltas;
b) Organizar o “Curriculum Vitae” dos Acadêmicos.
Art. 17º. – Compete ao Tesoureiro guardar os valores patrimoniais, manter escrituração contábil, receber mensalidades, fazer prestação de contas quando exigida pela Diretoria.
Art. 18º. – Compete ao Bibliotecário organizar a biblioteca, maximé com obras dos Acadêmicos patronos, solicitar obras e trabalhos publicados e apresentar relatório anual do movimento, bem como arquivar os discursos e conferências pronunciados na Academia.
CAPÍTULO VI
DAS COMISSÕES
Art 19º. – Compete à Comissão de Sindicância, nomeada pela Diretoria:
a) Dar parecer sobre proposta de novos sócios;
b) Zelar para que, na Academia, só se trate de assuntos literários e artísticos;
c) Apresentar propostas dos Acadêmicos, não resolvidas pela Diretoria.
CAPÍTULO VII
DEPARTAMENTO DE ARTES
Art. 20º. – Compete ao Departamento de Artes preparar programas para abrilhantar as sessões solenes, em qualquer gênero artístico.
CAPÍTULO VIII
DOS DIREITOS E DEVERES
Art. 21º. – São direitos dos sócios efetivos;
a) Freqüentar a sede social, assistir as sessões e tomar parte nos debates;
b) Votar e ser votado;
c) Apresentar e ler, nas sessões, trabalho de sua autoria ou comentar o de outros autores;
d) Consultar a Biblioteca e o registro de sócios e endereços.
Art. 22º. – São deveres dos sócios:
a) Comparecer assiduamente às sessões;
b) Quitar-se na Tesouraria;
c) Fazer o elogio do patrono;
d) Abster-se de discussão sobre assuntos políticos, partidários e religiosos no recinto.
e) Zelar pelo bom conceito da Instituição;
f) Não divulgar assuntos sigilosos.
Art. 23º. – Aprovada a admissão, o novo sócio prestará o seguinte compromisso:
“Prometo trabalhar pelo engrandecimento da Academia Ubaense de Letras, para a pureza do idioma nacional, exercitando o trato das letras e da literatura, obedecendo o seu Estatuto e as resoluções da Casa e decisões da Diretoria.”.
Art. 24º. – O Acadêmico designado pela Diretoria para receber o novo membro fará o elogio de sua obra e o recipiendário fará o elogio do patrono escolhido.
CAPÍTULO IX
A Academia reunir-se-á na última sexta-feira de cada mês e, de dois em dois anos, para eleger a sua Diretoria e Comissão de Sindicância.
Parágrafo 1º. – Na primeira sexta-feira seguinte, dar-se-á posse da nova Diretoria, quando o Presidente fará o relatório anual das atividades, das contas, da vida cultural, mandando submeter as contas à Comissão de Sindicância e a posterior apreciação da Academia.
Parágrafo. 2º. – Numa homenagem aos dois pioneiros, fundadores da Academia Ubaense de Letras, Profa. Maria Clotilde Batista Vieira e Dr. Iran Ibrahim Jacob, seus nomes deverão figurar nas chapas administrativas até quando eles assim o desejem.
Art. 26º. – O patrimônio social será constituído pelo produto da arrecadação das anuidades, pelos donativos, pelas subvenções e promoções sociais.
Parágrafo Único – Em caso de extinção da Academia, o patrimônio reverterá à Biblioteca Pública da cidade.
CAPÍTULO XX
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 27º. – Os sócios da Academia não respondem, individual ou coletivanente, pelas obrigações sociais.
Art. 28º. – A outorga do diploma acadêmico dos sócios-fundadores far-se-á em reunião extraordinária e festiva, sem implicar o elogio ao patrono, que será feito em ocasião oportuna, determinada pelo Presidente.
Art. 29º. – A entrega dos Diplomas aos sócios convidados posteriormente à fundação da Academia ocorrerá após o elogio ao seu patrono.
Art. 30º. – A Diretoria, coletivamente, poderá expedir resoluções supletivas ou interpretativas dos Estatutos.
Art. 31º. – Os presentes Estatutos poderão ser modificados por deliberação da Assembléia Geral, especialmente convocada para tal fim.
Art. 32º. – Os casos omissos serão solucionados por decisão da Diretoria.
Art. 33º. – Cada membro da Academia receberá, gratuitamente, um exemplar dos presentes Estatutos.
=====================================================
ELTON MELLO ESTEVAM analisa obra literária de Victorio Codo
Breve análise da obra
“Da Montanha ao Pantanal”
Elton Mello Estevam (*)
De leitura suave e instigante, o livro de Victorio Codo evita cantilenas obsoletas e digressões inoportunas, transportando o leitor a uma atmosfera de intimidade com o autor, mesmo aqueles que não o conhecem. Além do mais, são verdadeiras aulas de geografia, biologia, cultura geral e, por que não, filosofia. Sim, a obra apresenta-se indiretamente filosófica no sentido de que instiga o leitor a uma reflexão sobre a sua condição e a dos demais ditos civilizados. Com efeito, a agradável leitura de mais essa bela produção literária, enveredando-se pela cultura indígena e cabocla, nos convida a refletir sobre os nossos próprios hábitos e costumes que, vistos sob a ótica do controle social, ilusoriamente nos afiguram os únicos possíveis.
No tocante à estrutura da obra, percebe-se que é produto de um escritor experiente e arguto, de espírito vivo, engenhoso, talentoso, perspicaz, sutil, que não se contenta com a simples narrativa do fato. Procura, antes, explicar as causas dos fenômenos relatados, sem, contudo, cair na amargura tediosa que abarcam muitas pesquisas que se tornam extensas demais. Destarte, o autor é breve e agradável nas suas explicações científicas e/ou históricas, enriquecendo ainda mais a obra, que transcende à narrativa casual. Parece-me, outrossim, que ele assimilou bem a lição de Graciliano Ramos: “A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer”.
Os fatos relatados são de singular curiosidade. Curiosidade esta que prende o leitor do início ao fim do livro, em um original e real suspense que não o permite levantar para ir pegar um copo d’água, sem antes completar a leitura do capítulo! De resto, com o término da leitura de “Da Montanha ao Pantanal” fica aquele gostinho na alma satisfeita, que só irá se dissipar ao sabor do vento e das horas...
(*) ELTON MELLO ESTEVAM é ubaense, 19 anos, universitário. É autor de Don Juan e o oráculo de Zeus, obra de ficção mitológica, realismo fantástico, em prosa, com comentário de Marum Alexander e Cláudio Estevam. Em Antologia, seu segundo livro, também edição do autor, Elton brinda o leitor com seus contos e textos filosóficos, que induzem a reflexão sobre o tema Ideologia. O jovem escritor tem diversos trabalhos, em prosa e em verso, publicados na internet e em periódicos locais. Interrompeu a produção do seu terceiro livro, Guia Pessoal Conhecimento do Mundo. Sobre Deus e o Diabo (teatro), que seria o quarto livro do autor, encontra-se em preparação.
-------------------------------------------------------
O texto acima foi lido na sessão solene da Aule de 01/12/2006, de lançamento do outro livro de Victorio Codo: A Odisséia da Família Napolitani Codo. O intérprete foi o talentoso garoto, estudante Francisco Brandão Teixeira do Rego.
“Da Montanha ao Pantanal”
Elton Mello Estevam (*)
De leitura suave e instigante, o livro de Victorio Codo evita cantilenas obsoletas e digressões inoportunas, transportando o leitor a uma atmosfera de intimidade com o autor, mesmo aqueles que não o conhecem. Além do mais, são verdadeiras aulas de geografia, biologia, cultura geral e, por que não, filosofia. Sim, a obra apresenta-se indiretamente filosófica no sentido de que instiga o leitor a uma reflexão sobre a sua condição e a dos demais ditos civilizados. Com efeito, a agradável leitura de mais essa bela produção literária, enveredando-se pela cultura indígena e cabocla, nos convida a refletir sobre os nossos próprios hábitos e costumes que, vistos sob a ótica do controle social, ilusoriamente nos afiguram os únicos possíveis.
No tocante à estrutura da obra, percebe-se que é produto de um escritor experiente e arguto, de espírito vivo, engenhoso, talentoso, perspicaz, sutil, que não se contenta com a simples narrativa do fato. Procura, antes, explicar as causas dos fenômenos relatados, sem, contudo, cair na amargura tediosa que abarcam muitas pesquisas que se tornam extensas demais. Destarte, o autor é breve e agradável nas suas explicações científicas e/ou históricas, enriquecendo ainda mais a obra, que transcende à narrativa casual. Parece-me, outrossim, que ele assimilou bem a lição de Graciliano Ramos: “A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer”.
Os fatos relatados são de singular curiosidade. Curiosidade esta que prende o leitor do início ao fim do livro, em um original e real suspense que não o permite levantar para ir pegar um copo d’água, sem antes completar a leitura do capítulo! De resto, com o término da leitura de “Da Montanha ao Pantanal” fica aquele gostinho na alma satisfeita, que só irá se dissipar ao sabor do vento e das horas...
(*) ELTON MELLO ESTEVAM é ubaense, 19 anos, universitário. É autor de Don Juan e o oráculo de Zeus, obra de ficção mitológica, realismo fantástico, em prosa, com comentário de Marum Alexander e Cláudio Estevam. Em Antologia, seu segundo livro, também edição do autor, Elton brinda o leitor com seus contos e textos filosóficos, que induzem a reflexão sobre o tema Ideologia. O jovem escritor tem diversos trabalhos, em prosa e em verso, publicados na internet e em periódicos locais. Interrompeu a produção do seu terceiro livro, Guia Pessoal Conhecimento do Mundo. Sobre Deus e o Diabo (teatro), que seria o quarto livro do autor, encontra-se em preparação.
-------------------------------------------------------
O texto acima foi lido na sessão solene da Aule de 01/12/2006, de lançamento do outro livro de Victorio Codo: A Odisséia da Família Napolitani Codo. O intérprete foi o talentoso garoto, estudante Francisco Brandão Teixeira do Rego.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário