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ELTON MELLO ESTEVAM analisa obra literária de Victorio Codo

Breve análise da obra

“Da Montanha ao Pantanal”

Elton Mello Estevam (*)


De leitura suave e instigante, o livro de Victorio Codo evita cantilenas obsoletas e digressões inoportunas, transportando o leitor a uma atmosfera de intimidade com o autor, mesmo aqueles que não o conhecem. Além do mais, são verdadeiras aulas de geografia, biologia, cultura geral e, por que não, filosofia. Sim, a obra apresenta-se indiretamente filosófica no sentido de que instiga o leitor a uma reflexão sobre a sua condição e a dos demais ditos civilizados. Com efeito, a agradável leitura de mais essa bela produção literária, enveredando-se pela cultura indígena e cabocla, nos convida a refletir sobre os nossos próprios hábitos e costumes que, vistos sob a ótica do controle social, ilusoriamente nos afiguram os únicos possíveis.

No tocante à estrutura da obra, percebe-se que é produto de um escritor experiente e arguto, de espírito vivo, engenhoso, talentoso, perspicaz, sutil, que não se contenta com a simples narrativa do fato. Procura, antes, explicar as causas dos fenômenos relatados, sem, contudo, cair na amargura tediosa que abarcam muitas pesquisas que se tornam extensas demais. Destarte, o autor é breve e agradável nas suas explicações científicas e/ou históricas, enriquecendo ainda mais a obra, que transcende à narrativa casual. Parece-me, outrossim, que ele assimilou bem a lição de Graciliano Ramos: “A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer”.

Os fatos relatados são de singular curiosidade. Curiosidade esta que prende o leitor do início ao fim do livro, em um original e real suspense que não o permite levantar para ir pegar um copo d’água, sem antes completar a leitura do capítulo! De resto, com o término da leitura de “Da Montanha ao Pantanal” fica aquele gostinho na alma satisfeita, que só irá se dissipar ao sabor do vento e das horas...


(*) ELTON MELLO ESTEVAM é ubaense, 19 anos, universitário. É autor de Don Juan e o oráculo de Zeus, obra de ficção mitológica, realismo fantástico, em prosa, com comentário de Marum Alexander e Cláudio Estevam. Em Antologia, seu segundo livro, também edição do autor, Elton brinda o leitor com seus contos e textos filosóficos, que induzem a reflexão sobre o tema Ideologia. O jovem escritor tem diversos trabalhos, em prosa e em verso, publicados na internet e em periódicos locais. Interrompeu a produção do seu terceiro livro, Guia Pessoal Conhecimento do Mundo. Sobre Deus e o Diabo (teatro), que seria o quarto livro do autor, encontra-se em preparação.
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O texto acima foi lido na sessão solene da Aule de 01/12/2006, de lançamento do outro livro de Victorio Codo: A Odisséia da Família Napolitani Codo. O intérprete foi o talentoso garoto, estudante Francisco Brandão Teixeira do Rego.


quinta-feira, 29 de abril de 2010


NA ABL, COM O ACADÊMICO CARLOS NEJAR

ESTEVAM ENTREGANDO OS LIVROS DA AULE AO PRESIDENTE DA ABL

SOBRE A IDA À ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS

AMIGOS ACADÊMICOS DA AULE: A excursão ao Rio de Janeiro, nesta terça-feira, dia 27/4/2010, foi sucesso, e participantes da tamanha alegria já começaram a narrá-la... vcs receberão informações via e-mail. À guisa de adiantamento de informação: saímos às 3 da madruga e pisamos em casa, em Ubá, no mesmo horário do dia seguinte. Fomos ao Palácio do Catete, ao Museu da República e à ABL. Nesta última, a atenção e a receptividade foram calorosíssimas. Fomos levados a conhecer pessoalmente cinco dos quarenta acadêmicos, dentre eles o atual presidente Marcos Vilaça, Carlos Nejar, Murilo Mello, Domício Proença e a mais nova imortal da ABL, idade 93 anos, recentemente empossada em sucessão a Antonio Olinto. Com os ubaenses já de saída, por volta das 17horas, encontrâmo-la de chegada para dar uma conferência sobre Camões. Foi quando, convidando-nos a assistir, nos permitiu fotografá-la. O fechamento da nossa vitoriosa estada na Cidade Maravilhosa, com coquetel graciosamente oferecido a todos os integrantes da comitiva, foi das 6 às 10 da noite, no confortável apartamento do anfitrião Ruymar Andrade, com direito a jantar, música ao vivo, e a divina Avenida Atlântica (o m2 mais caro do Brasil) sendo contemplada - mar adentro, sentido "Zorópa" hummmmmm... - das vidraças da magnifíca cobertura triplex do internacional e poliglota dr. Ruymar Andrade, orgulhoso (mas de hábitos simples) ubaense e acadêmico da AULE, cuja recepção e receptividade, previstas como excelentes, foram ainda muito além. E nesta oportunidade conhecemos um sexto acadêmico, o ex-presidente da ABL Cícero Sandroni, que se fazia acompanhar de sua esposa. As "mâitresses" ubaenses a-doooo-ra-ram!!! Lindíssimas as fotos - procurem ver neste blog e com algumas das visitantes - quisera que a AULE tivesse site para serem todas as fotos disponibilizadas à contemplação pública. Saudações acadêmicas. ANTONIO CARLOS ESTEVAM - 1o. secretário da AULE.
P. S.
- ABAIXO, CORRESPONDÊNCIA DE RUYMAR ANDRADE A RESPEITO, DIRIGIDA AO PROF. CHIQUINHO DE CARVALHO, ASSESSOR DO PREFEITO VADINHO BAIÃO E UM DOS PARTICIPANTES DA COMITIVA:

From: ruymar@andradedirect.com
To: chiquinhodecarvalho@hotmail.com
Subject: ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS = Visita de Professores de Ubá em 27.04.2010
Date: Thu, 29 Apr 2010 10:12:54 -0300

UM BREVE RELATO SOBRE VISITA DAS PROFESSORAS MUNICIPAIS DE UBÁ À ABL EM 27.04.2010

"Meu caro Francisco,

Administrar é a arte do possível. Mas também é verdade que o possível depende da vontade e esforço de cada um. Quando vontade e esforço de uma coletividade se unem em torno de um mesmo objetivo, o impossível desaparece.

Pois tenho a imensa satisfação de lhe afirmar que, na área da educação e da cultura, a administração do Prefeito Vadinho acaba de realizar um feito dos mais notáveis, um verdadeiro gol de placa, ao patrocinar a visita de um grupo de professoras municipais, bem como, da Secretária de Educação, Adjunta, e do Secretário de Cultura, à sede da Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro. A você, pessoalmente, credite-se a serena liderança e precisa coordenação com que conduziu essa visita, sem o que a mesma não teria sido tão bem sucedida.

Por parte das professoras, o que se pôde observar não poderia ter sido melhor. Em seus olhos e comentários, uma alegria incontida pela oportunidade ímpar de conhecerem os meandros da Academia, ciceroneadas pelo eminente acadêmico Carlos Nejar, considerado atualmente, até mesmo em Portugal, o maior poeta vivo da língua portuguesa, sendo ainda recebidas, em especial deferência, pelo Ministro Marcos Villaça, presidente da ABL, em seu gabinete.

Por parte da Academia, posso lhe dizer que a repercussão da visita foi das mais calorosas, com destaque especial à curiosidade e vivo interesse demonstrados pelas mestras ubaenses de conhecerem, em sua melhor extensão possível, o funcionamento; as realizações da Academia e o dia a dia de seus acadêmicos. Portanto, podemos nos orgulhar de nossas mestras pela impressão altamente positiva causada por ocasião de sua visita à ABL.

De minha parte, pessoalmente, reitero meus agradecimentos pela oportunidade de receber o grupo para um happy hour , à noite, em minha residência, e confesso ter ficado profundamente sensibilizado ao ouvir de algumas professoras o relato de seu admirável trabalho junto às escolas municipais localizadas nas mais variadas comunidades ubaenses, inclusive na colônia Padre Damião. Na verdade, não há palavras que possam melhor descrever ou retribuir a alegria proporcionada pela visita dessas tão dedicadas professoras, quando podemos simplesmente reconhecer-lhes as sublimes virtudes de Mães, Mulheres e Mestras, e elas as têm, em toda sua dignidade !

Aproveito o ensejo para agradecer ao Prefeito Vadinho e seus Secretários pelo álbum fotográfico ecológico, genial trabalho manual, com emocionante dedicatória. Ubá de ontem; Ubá de hoje, o Carinho de sempre ! Que Coisa boa ! Muita generosidade de vossa parte. A vós, o meu Coração e muito Obrigado !

Com um abraço fraterno, extensivo ao Prefeito Vadinho,

Ruymar Andrade
"

domingo, 25 de abril de 2010

A AULE VAI À ABL E SE INSCREVE NO SEU ACERVO

Of. 190310/1-AULE Ubá, MG, 27/ABR/2010


À Academia Brasileira de Letras – Rio de Janeiro - RJ


Arcas sagradas dos valores incorruptíveis do passado, sacrários onde se aninham os pensamentos perenes, elas (referindo-se às academias de letras) são o vínculo a unir, com liames invisíveis e eternos, a sabedoria e a beleza de ontem, com as suas nuances de hoje, caldeando, com vagar e prudência, os indestrutíveis alicerces espirituais do porvir.
Tabernáculo inviolável da tradição mineira (referindo-se em especial à Academia Mineira de Letras) é, também, centro de preservação dos padrões de nossa civilização.
Templo improfanável para o culto de nossa língua, nele estão, contritos, os devotos da poesia da terra, os crentes dos seus numes tutelares, de ouvidos sempre atentos aos apelos da liberdade.
Lareira de fogo imperecível, nela se retempera, constantemente, a nossa fé humanista a inspirar o nosso espírito e a orientar a nossa ação pela unidade e grandeza da Pátria.
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(EXCERTOS DO DISCURSO DE POSSE DE TANCREDO NEVES NA ACADEMIA MINEIRA DE LETRAS. Fonte: http://www.academiamineiradeletras.org.br/download/Revista_Volume_XLVIII.pdf acesse pág. 103 e 104).


Senhor Diretor da ABL:


A Academia Ubaense de Letras, fundada em 29 de julho de 1983, aproveitando o ensejo da visita da comissão de professores ubaenses – portadora desta missiva – a esse “Templo improfanável para o culto de nossa língua” vem hoje, respeitosamente, em oferecimento especial, oficializar a entrega ao acervo dessa Casa, de um exemplar de cada obra abaixo, ordenadas alfabeticamente. Elas integram o conjunto (perto de uma centena) de livros lançados pela AULE desde a criação desta entidade.

1. A medicina em Ubá – Subsídios para a História de Ubá (Esboço Histórico – compilação pela AULE) – 1989;
2. A odisséia da família Napolitani Codo (Victorio E. C. Codo) – 2006;
3. Aurora e Crepúsculo – José Xavier Gomes – Ed. Gráfica Gonçalves, Ubá, 1987;
4. Coisas que a vida escreve – Ary Gonçalves – Ed. Folha de Viçosa (MG) - 1985
5. Coletânea de Contos, Crônicas e Poesias (convidado especial: Antônio Olinto) – Edição Especial – 2007;
6. Corpo Azul – Rosalvo Braga – Asalux Editora – Belo Horizonte - 1991
7. Crônicas Municipais (Levindo Coelho, Newton Carneiro, Raul de Morais, Clotilde Vieira, João Corrêa Netto e Ary Gonçalves) – 1992;
8. Dia-a-dia da Academia Ubaense de Letras – edição da Secretaria da AULE – 2006;
9. Dramas Anônimos – Clotilde Vieira – 1986;
10. Fragmentos – Antonio Carlos Estevam – Ed. Impacto – Ubá – 1997;
11. História de Ubá – para as escolas (Clotilde Vieira);
12. Nenúfares – as meninas do balé aquático de Ubá (Rosalvo Braga) – 2007
13. O planeta azul – Clotilde Vieira – 1990
14. O poeta Crisfal (Raul Soares) – 1909
15. Os imprevisíveis caminhos da vida – Namir Emídio Teixeira – Ed. Impacto – Ubá, MG – 2003;
16. Passaporte para o sonho (Clotilde Vieira) – 1984;
17. Pelo azul do céu (Ricardo Njaim) – 2007;
18. Poemas do Viver – Ruymar Andrade – Instituto Cultural Antonio Olinto – Rio – 2008;
19. Revelações – Coletânea Poética – (AULE) – 1989;
20. Reportagem de um coração (Clotilde Vieira) – 1983;
21. Sopa de pedra (Clotilde Vieira);
22. Ubá imperial (Raul de Morais) – 1988;
23. Vida e ação da colônia italiana no mun. de Ubá (Tarquínio Benevenuto Grandis) – 1988.

Reiterando os nossos mais elevados protestos de respeito, sobretudo eivados de real estima e distinta consideração, somos

Atenciosamente,

Marum Alexander - presidente

Antonio Carlos Estevam - 1o. secretário


PROTOCOLO DA ABL:


Correspondência (acima) recebida, em mão, com os referidos anexos.

Rio de Janeiro, _______/____________/____________

________________________________________
Assinatura (sobre carimbo)



ETIQUETA colada na 2a.capa de cada livro(acima)ofertado à ABL:

ACADEMIA UBAENSE DE LETRAS
Nulla dies sine linea
Casa de Antônio Olinto
Fundada em 29 de julho de l983
Entidade de Utilidade Pública
Lei Estadual n. 9.249/86 – Lei Munic. n. 1.729/86
Av. Cristiano Roças, 163 – 2o. piso – UBÁ-MG – CEP 36500-000
e-mail: academiaubaensedeletras@yahoo.com.br


Exemplar especialmente ofertado, sob recibo, ao acervo da Academia Brasileira de Letras, por ocasião da visita da comissão de professores ubaenses capitaneada pela Secretaria Municipal de Educação, na gestão do prefeito Vadinho Baião, vice Eduardo Vieira, secretário Samuel Gazolla e adjunta Maria do Carmo de Mello Coelho.
Ubá, MG, 27/ABR/2010.

Marum Alexander - presidente

Antonio Carlos Estevam - 1o. secretário

A TODOS OS MEMBROS EFETIVOS DA AULE - CONVOCAÇÃO PARA REUNIÃO EXTRORDINÁRIA NO DIA 26/04/2010 - SEGUNDA-FEIRA - SOC. DOS VIAJANTES - 16H

ACADEMIA UBAENSE DE LETRAS
Nulla dies sine linea
Fundada em 29 de julho de 1983 - Entidade de Utilidade Pública
Lei Estadual n. 9.249/86 - Lei Munic. n. 1.729/86
Av. Cristiano Roças, 163 – 2o. piso – UBÁ-MG
CEP 36500-000 - CNPJ 20.353.421/0001-03
academiaubaensedeletras@yahoo.com.br

OC 190410/1 – AULE UBÁ, 19 ABR 2010

A TODOS OS MEMBROS EFETIVOS DA AULE

URGENTE – Convocação para reunião extraordinária



Ficam todos os senhores acadêmicos convocados para a sessão que realizaremos nesta segunda-feira, dia 26/4/2010, no salão da Associação dos Viajantes, sita à Av. Cristiano Roças, 240, térreo, nesta cidade, com início às 16h.

Assunto que será tratado: Indicação e votação de nomes para novos acadêmicos efetivos e correspondentes, a serem empossados em sessão solene antes da eleição da nova diretoria.

A proposição dos nomes e votação (que será secreta) só poderá ser feita pelos acadêmicos em dia com suas obrigações e presentes à reunião.

A aprovação final caberá à Comissão de Sindicância da AULE, que se reunirá em data subseqüente.

Número de vagas para membros efetivos = 5 (cinco); e para membros correspondentes = 3 (três). Serão considerados aceitos os candidatos mais votados até o preenchimento do número de vagas.


Saudações acadêmicas.


Mo. Marum Alexander Antonio Carlos Estevam
Presidente 1o. secretário



ANEXO DO OC 190410/1 – AULE

Lembrete aos caros confrades:



1. Comparecer para votar, mesmo que não tenha nome a propor.

2. Chegar ao local (atenção, é na Sociedade dos Viajantes) dez minutos antes do horário marcado para início;

3. Para ingresso no quadro de Membros Efetivos, não propor candidato que não atenda no mínimo o que segue:

3.1 Ser pessoa com história de comprometimento com as causas que abraça, ser atuante, ter disponibilidade e disposição de trabalhar pela AULE, inclusive para eventualmente assumir cargo de direção;

3.2 Estudar os Estatutos da Academia –http://blogdoestevam.blogspot.com/2010/04/estatutos-da-academia-ubaense-de-letras.html) – e cumprir rigorosamente suas disposições;

3.3 Antes da posse enviar à AULE, via e-mail, arquivo eletrônico único, contendo seu curriculum vitae COMPLETO (inclusive endereço, telefone e e-mail), fotografia 3 x 4 recente (scanneada) e o panegírico do patrono; pagar boleto taxa de ingresso no valor de R$100,00 e boleto anuidade-2010 (R$ 10,00 x meses do ano a decorrer) e assinar termo de responsabilidade para com a entidade.

4. Tirando dúvida: o Membro Correspondente não tem patrono, não tem que comparecer a reuniões e nem pagar mensalidade, apenas arcar com a taxa de ingresso e enviar ao e-mail da AULE seu currículo completo (conforme acima).

5. A taxa de ingresso ou taxa de cadastro se justifica pelo fato de que a arrecadação com mensalidades já é comprometida com as despesas “extra-solenidades” da entidade.

domingo, 18 de abril de 2010

INSTRUÇÃO NORMATIVA - ELEIÇÃO NOVA DIRETORIA DA AULE

A TODOS OS ACADÊMICOS, PARA CONHECIMENTO.

Antonio Carlos Estevam
1o. secretário da AULE


ACADEMIA UBAENSE DE LETRAS
Casa de Antônio Olinto
Nulla dies sine linea
Fundada em 29 de julho de l983
Entidade de Utilidade Pública
Lei Estadual n. 9.249/86 – Lei Munic. n. 1.729/86
Av. Cristiano Roças, 163 – 2o. piso – UBÁ-MG – CEP 36500-000
e-mail: academiaubaensedeletras@yahoo.com.br

Ubá, MG, 13 ABR 2010

Senhor 1º Secretário e confrade Antonio Carlos Estevam:

Tendo em vista que a atual Diretoria da AULE (incluída a sua Comissão de Sindicância) terá seu mandato findo em 27 de junho do corrente ano, levo ao conhecimento dessa douta Academia que não é do interesse deste Presidente participar de qualquer cargo em qualquer chapa concorrente à sucessão, além do que, após a data mencionada, não poderei mais, por razões particulares, dedicar à AULE o tempo que ela carece e merece para continuar cumprindo suas relevantes metas.
Assim, solicito-lhe fazer saber aos demais confrades de nossa Academia que, no período de 01 a 31 do próximo mês de maio, estarão abertas as inscrições para apresentação de chapas concorrentes aos cargos estabelecidos nos Estatutos da AULE (Diretoria e Comissão de Sindicância), com vistas à condução da entidade no biênio 2010-2012 – chapas estas devidamente formalizadas através do e-mail: academiaubaensedeletras@yahoo.com.br
Para o processo sucessório e em razão de omissão estatutária, fica estabelecido que:
a) somente poderão concorrer e votar membros efetivos da AULE;
b) os membros efetivos residentes fora do Município de Ubá poderão também votar, pessoalmente ou por procuração legalmente instrumentalizada;
c) qualquer candidato poderá concorrer a um mesmo cargo ou a cargo diverso em mais de uma chapa;
d) no caso de haver somente uma chapa concorrente, esta só poderá ser eleita com, obrigatoriamente, no mínimo 50% (cinqüenta por cento) mais 1 (um) dos votos validados pela Comissão de Apuração.
Para dirimir dúvidas ou omissões, todo e qualquer candidato poderá e deverá consultar os Estatutos da entidade, disponíveis também no seguinte endereço eletrônico:
http://blogdoestevam.blogspot.com/2010/04/estatutos-da-academia-ubaense-de-letras.html

Para o dia 16 de junho, quarta-feira, às 17 (dezessete) horas, os membros da AULE ficam convocados para uma reunião, na qual a atual Diretoria lhes apresentará a prestação de contas de seu mandato.
A eleição se dará em reunião extraordinária especialmente convocada para esse fim, no dia 25 (vinte e cinco) de junho, sexta-feira, com início às 16 (dezesseis) horas e término às 19 (dezenove) horas, impreterivelmente, na sede do CVT, à Av. Cristiano Rôças, 163 – térreo, nesta cidade, e será realizada por votação secreta, seguida de apuração, no mesmo dia e local, a ser efetuada por Comissão de 03 (três) membros, escolhidos por sorteio, na ocasião, dentre os acadêmicos efetivos da AULE não participantes de qualquer chapa inscrita.
Consequentemente, conforme mandamento estatutário, a solenidade de posse deverá ser realizada pela própria Diretoria eleita para o biênio 2010-2012, da forma que melhor lhe convier, na primeira sexta-feira seguinte à data de sua eleição.
Confiante em suas providências para com a imediata divulgação do acima exposto, expresso-lhe os meus antecipados agradecimentos.

Saudações acadêmicas.

Mo. Marum Alexander
Presidente

domingo, 11 de abril de 2010

OUTRA CRÔNICA DE MAURO PAULINO

SANTANA SAUDADE E SONHO
jul 24, 2009 Crônicas - Mauro Paulino

Se a morte se interessasse por mim num dia desses, eu certamente pediria a ela um tempo para me largar por essas Gerais e pararia por um instante só que fosse, naquela terra ali e por entre seus montes, naquele aperto geográfico,ficaria então por um instante só a evocar aquele tempo bom que desconheço agora.É que o Sapé de Ubá, dá-me saudades de outras coisas, de outras gentes, daquelas pessoas amigas e simples, poéticas e sonhadoras que conheci tempos atrás.O Zé Bressan ator e multiplicador das artes, da dona Carmem Catete, da dona Luiza da rua do Ginásio e outros e outras..Quem sabe teria novamente movimento nas ruas o dia todo, desde a manhanzinha até a noite,gente que viria de longe com roupas novas, carros Ford do ano, de capotas reluzentes,novas e pretas, missa na Matriz, pescarias no Chopotó, charretes paradas no largo de baixo e um cheiro de aguardente brotando das portas dos botequins afora.

Sentiria por certo, vontade de matar saudades da parentada toda, repimpada,curtindo a sesta nos quartos de teto alto, depois de longos bate-papos,uns dormindo em redes na varanda comprida, outros nos divãs da sala grande de janelas antigas,centenárias, enquanto os serviçais provam às escondidas as gostosuras da cozinha, junto do fogão de lenha.

Aproveitaria para sentir o calor da grande fogueira queimando em louvor à santa, embalado pelo som da sanfonas dos tocadores vindos do Pombal, do Barro Branco, do Monumento ou quiçá dos confins da Serra da Onça ou Córrego Preto. Abbraçaria com a alma, aquela gente toda, aqueles amigos todos, numa prece muda,diante da imagem da santa mãe com a outra santa no colo e pediria muita paz nos nossos desaventos.

E nesse instante, maior que todos os momentos, encheria o espírito d’um sopro de satisfação e calma, cobrindo todas as dores, balsificando as cicatrizes que a saudade e a ausência de uma antiga moradoa dali, dona Clotilde Batista Vieira. Ausência que criou no meu peito por esses anos todos uma estranha falta de continuidade daquilo que ela começou e interrompeu com sua partida. Talvez essa passagem minha por aqueles lugares se retardasse eesperasse pela vinda de mais um outro ano, só para estar por lá, para ver e sentir todas aquelas coisas boas de se sentir e de se ver, como se o Sapé de Ubá, fosse uma extensão da própria São Januário de Ubá.

UBÁ EM CRÔNICA DE AFFONSO ROMANO DE SANT'ANNA

(Crônica de Affonso Romano faz referência à cidade de Ubá: Um elo/ele Perdido
jan 12, 2010)

Vejam este nome – Pequeri. Agora vejam este outro – Sarandira. Mais este outro – Serraria. Podem botar também Santana do Deserto ou Guarará, Simão Pereira, Bicas, Matias Barbosa e Mar de Espanha, Chiador. Estamos na Zona da Mata, nas vizinhanças de Juiz de Fora.

O que tenho com isso?
Ah! Memória, que surpresas me abres!

Já nem me lembrava de Pequeri, onde, aos 7 anos, fui passar férias na fazenda do “seu” Batista. E, de repente, Júlio Vanni, que reconstrói a história dos italianos em Minas e no Brasil, não só se refere àquele menino que fui por ali, mas me lembra de que em Pequeri Dorival Caymmi tinha sua casa. Este o quarto mistério de Fátima: o homem do mar vivia nas montanhas! E mais, que Nana Caymmi está sempre por ali, que Danilo e Dori vão deixar a marca de suas mãos impressas no museu local.

Que importância pode ter um livro intitulado Sertões do Rio Cágado, sobretudo agora que acabei de ler no jornal que os telescópios da nave Kepler estão fotografando o que ocorreu no mundo do universo há 660 milhões de anos, descobriram vários exoplanetas e vasculham as 7,5 mil galáxias? E eu aqui com Júlio Vanni, lendo que “o Rio Cágado, principal afluente do Paraibuna na margem esquerda, embora desprezado nos programas escolares, teve papel preponderante no desbravamento e povoamento dos sertões das matas proibidas ou áreas desconhecidas”.

Como consegui viver até hoje sem saber do Rio Cágado ou de outras partículas cósmicas que fluem em mim? De Santana do Deserto, sabia e escrevi, no antigo JB, uma crônica: “Meditação de Santana do Deserto” (25/2/1985), quando estive por ali numa fazenda de Mauro Campos; e por isso uma escola de samba de Santana do Deserto me transformou em samba enredo no ano seguinte.

De Mar de Espanha também sabia e divulguei a teoria de que o nome da cidade vem do “mármore de Espanha”, pois as ruas principais são calçadas de mármore. Mas Júlio Vanni, que representa a comunidade de italianos nascidos em Lucca, tem outras teorias. E é aí que nossas vidas se imbricam. Como acabei de publicar Perdidos na Toscana, comecei com ele, que é toscano, um diálogo que me faz retomar as origens italianas de minha família.

Minha sobrinha-prima Ana Cláudia me fala que está investigando sobre nossos antepassados – o velho Affonso Romano e a Anunciata Exposita, camponeses paupérrimos que passaram pela hospedaria de imigrantes em Juiz de Fora em torno de 1898. Aprendo, então, que os italianos, com alemães e árabes, invadiram a região. Quando dom Pedro II foi a Ubá, em 1882, a banda de música era só de italianos. Ao redor do Rio Cágado havia 3 mil imigrantes, sendo 80% italianos. Só Pequeri tinha 620 famílias italianas; em Bicas, Guarará e Maripá, mais 280 famílias de oriundi. E não estou falando de Cataguases, que agora renasce em sua italianidade com os romances de Luiz Ruffato.

Volta e meia as pessoas pensam que sou o Olavo Romano, conhecido narrador de causos mineiros. Bem, o causo é outro. Claro que esses Romanos espalhados em Minas têm de ser meus parentes. Tenho, com Ana Cláudia, que achar esse “elo perdido”.

Elo ou ele?

É. Tenho que também achar esse elo/ele perdido, seja em Minas ou na Toscana.

[Crônica do escritor AFFONSO ROMANO DE SANT'ANNA
Transcrito por Levindo Barros, Ubá(MG)]

sábado, 10 de abril de 2010

QUEM DERA MERECESSE OS LOUROS DA REVOLUÇÃO FRANCESA

Para ler a crônica do Estevam, é só seguir o link:

http://www.gazetaregjornal.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=239:fragmentando&catid=36:cronicas-&Itemid=56

sexta-feira, 9 de abril de 2010

OFÍCIO CIRCULAR - A TODOS OS ACADÊMICOS DA AULE - BLOG DO ESTEVAM VERSUS BOLETIM DA AULE

ACADEMIA UBAENSE DE LETRAS
academiaubaensedeletras@yahoo.com.br

OC 050410/1 – AULE UBÁ, 05 ABR 2010


A TODOS OS ACADÊMICOS

Assunto: http://blogdoestevam.blogspot.com/ VERSUS Boletim Informativo da AULE


“Não quero ser apenas um padre cantor; quero ser muito mais que isso”, dizia, ao estourar seu sucesso, por volta de 1970. Hoje ele é clérigo, palestrante, filósofo, apresentador de TV, compositor, cantor e escritor com um sem número de obras publicadas, algumas como que tornadas clássicas. Com seus escritos voltados para a reeducação dos jovens e visando reencadeá-los ao cristianismo, o escritor Pe. Zezinho scj, atualmente menos à vanguarda, mas a quem ora nos referimos, no começo de sua quarentona carreira já cantava: “Na era da cibernética / na era da transformação / tornei minha vida poética / deixei falar meu coração”. Agora, vamos a Caldas Aulete:

“Cibernética é o estudo comparativo dos mecanismos de comunicação e de controle nas máquinas e nos seres vivos, do modo como se organizam, regulam e aprendem”. O fundamento dessa ciência é, a exemplo do cérebro animal, realimentar um sistema de tomada de decisão (o que fazer) para acionar uma conseqüente ação (fazer) com os dados de determinada situação, inclusive aqueles resultantes da ação do próprio sistema, num círculo que se realimenta constantemente. Essa retroalimentação de informação para propiciar uma ação adequada (em inglês, feedback) é a base dos robôs e dos sistemas ditos ‘inteligentes’ formulados na cibernética, os chamados ‘servossistemas’ ou ‘servomecanismos’.

Na busca de informações verifiquei também que, sobre a indústria editorial e as mídias digitais, estudiosos alertam que “as emergentes mídias digitais estão influenciando diretamente no concorrido tempo dos consumidores modernos e transformando o hábito de leitura em todo o mundo. O texto não é mais lido apenas no papel. Ele está também onipresente em uma miríade de suportes suspensos e em uma diversidade de aparelhos tecnológicos, móveis e de comunicação (como o Kindle, o iPhone etc). E uma série de meios é o que promete transformar definitivamente a realidade dos livros, jornais e revistas através de uma convergência digital e cultural sem precedentes”.

Diante dessa nova realidade, que se apresenta como um caminho de ida sem volta e que salta aos nossos olhos e só não vê quem não quer, voltamos a nossa atenção para o Boletim Informativo da AULE.

O Boletim é um órgão de registro dos atos e fatos da nossa Academia, para que aos membros efetivos dela não seja dado ignorá-los. Criado para atenuar os efeitos de a AULE não dispor de sede com porta aberta e da limitação do número de reuniões ou de comparecimento a elas (uma das razões é a locomoção das pessoas, mormente idosos, a cada dia mais dificultada), foi projetado para periodicidade inicialmente mensal e logo tornar-se quinzenal. Malgrado o desmedido esforço neste sentido, aconteceu o contrário. Já estamos em MAR-2010 e encontra-se ainda em elaboração o Boletim no 17, tendo o de no 16 circulado no ‘já longínquo’ SET-2009. Evidentemente que vicissitudes aconteceram no período, inclusive o óbito de vários dos nossos acadêmicos, dentre eles o saudoso presidente Manoel Brandão. Em que pese o Boletim, mesmo defasado, atualizar o acadêmico leitor sobre a relação dele com a entidade e a dela com o meio em que atua, é forçoso reconhecer que a leitura nele de certas informações, conquanto necessárias de ali estarem contidas, pode mesmo tornar-se pouco interessante. Convenhamos que há, afinal, a tendência natural de o leitor preferir informes sobre fatos novos, recentes, já que soem modificar os anteriores, num contínuo e necessário processo de atualização.

Evitemos alongar até chegar ao que desejamos dizer. Conceituaríamos Informática e Internet, citaríamos bancos como não havendo hoje quem não se relacione com eles; lembraríamos que estes não têm mais como trabalhar senão utilizando esses recursos; que isso foi estendido aos demais setores da atividade humana; que o uso dessas tecnologias assumiu uma importância como a da luz elétrica, que de há muito já não se concebe jeito de viver sem ela...

Ora, não obstante seja inegável o que acabamos de afirmar, a transição para o presente momento ainda está por se completar. É que, relativamente à imperiosa necessidade de as pessoas se adaptarem à nova realidade, muitos não viverão para se ajustar; e, pior: é o problema dos que optam por resistir, sob desculpas como “não entendo nada de computador”, “não sei mexer com isso”, e tal.

Conclusão: os “em transição”, nos termos acabados de colocar, eles também continuarão recebendo o Boletim. Mas, os que não estão perdendo o bonde..., a estes o http://blogdoestevam.blogspot.com/ (*) – recurso do qual a Diretoria atual já está se valendo como órgão auxiliar de comunicação da AULE – contemplará com a informação fresca, não lhes importando, pois, se a ‘notícia’ chegar ‘velha’ no Boletim. Recomendamos acessar diariamente, pelo menos enquanto a AULE não tiver site e enquanto durar o mandato desta Diretoria. Nesse blog (*) já se lê, por exemplo: homenagens ao saudoso Presidente Manoel Brandão e a transcrição dos Estatutos da AULE.

P.S.: Lembramos que blog é mais seguro que e-mail, as informações são invioláveis pelo destinatário, editá-las exige senha.

Saudações acadêmicas


Mo. Marum Alexander
Presidente

Antonio Carlos Estevam
1º. secretário

terça-feira, 6 de abril de 2010

POR QUE PREFÁCIO?

POR QUE PREFÁCIO?

Antonio Carlos Estevam

(singela homenagem do autor ao site do qual participa: www.prefacio.net)

Linguagem, faculdade humana
De expressão do pensamento;
Língua, maneira de expressão
Comum a um grupo social.
Pela palavra o indivíduo
Se serve da linguagem
E dentro dele se produzem
As variações de sentido numa frase.

Enquanto modo individual,
Uma circunstância de sentido
Na frase interessa à palavra,
Mas se uma alteração introduzida
Recebe consagração do uso,
Que a incorpore ao patrimônio comum
De um grupo considerável,
Ela passa ao campo
De interesse da língua.

A língua, um estado particular,
É da palavra a cristalização.
"Desta última o uso da palavra é árbitro" -
Eis o que, em Arte Poética
Já dizia Horácio.

Renascerão palavras outrora perecidas,
Cairão outras, hoje em moda.
Um homem não muda uma língua,
Mas um povo a transmuda
Na evolução das palavras
Sempre tocadas de um inquieto
Dinamismo transformista.

Necessidade de expressão,
Ponto de vista pessoal,
Emoção individual, tudo isso
Gera a força que cria a palavra nova
Ou o sentido novo
Para uma palavra antiga.

A língua é o rebanho
De que as palavras são ovelhas.
Estarão elas nele,
Mas nem sempre gostarão
Do arrebanhamento.

Palavra é um composto de alma e corpo
Na simbiose do vocábulo e do termo.
O vocábulo é o corpo, o termo é a alma;
O vocábulo é a concreção física,
O termo a forma espiritual, o sentido;
O vocábulo é continente,
O termo é conteúdo.

O vocábulo, corpo fugaz
Sopro que o vento logo dissipa,
Ele leva, de quem fala
A quem ouve, o termo.
Este último é alma que persiste,
Semente que fica,
Germina e floresce
Na gleba macia da emoção,
Na terra fértil da vontade.
Isto, conquanto ele, o termo,
Na intenção de quem fala
Tenha sempre notas subjetivas,
Matizes que o vocábulo não traduz.
E mais: na recepção de quem ouve
Entram notas,
Resíduos de outras compreensões,
Que o ouvinte acresce
E mistura ao termo recebido.

Não há, pois,
Medida comum nem coincidência
Entre o vocábulo e o termo
No comércio das idéias.

Se alguém sob a influência
E alimentação intelectual
Do meio ambiente,
Recebe uma idéia
Não necessariamente informada
E corada com os tons
Em que fora transmitida,
Também assim quando a repassar
Já lhe aditará alguma coisa de seu,
Que nem sempre
Logrará chegar ao interlocutor.

Está - fatos assim o demonstram -
Na fatalidade da limitação terrena,
Que a palavra seja um veículo
Falho e coxo.

A palavra nunca é
Só figura de retórica,
Ainda que o seja
Na intenção de quem fala,
Aquele desabafo que lamenta
"a falta de expressões
para dizer o que vai n'alma".

Quantas vezes,
entre a boca e ouvido,
A palavra muda de alma
E de sentido
Tanto que produz efeito
Diverso do que buscava!
Daí os desentendidos humanos.

Descompassos
Entre o termo e o vocábulo
Geram as incompreensões,
As subcompreensões,
As compreensões de menos,
As compreensões de mais.
A palavra disse pouco
Ou disse muito:
Foi de menos
Ou foi de mais, quando,
De intenção,
Oferecia o justo necessário.

Quão infinitamente
Seriam reduzidas as guerras,
Ah, se medida tivessem as palavras,
Bem assim nitidez de conteúdo
E limite.

Com razão dizia Voltaire,
Com aquela malícia
Que Deus lhe deu
E que o Diabo lhe temperou:
"Se comigo deseja discutir,
as suas palavras primeiro defina".

Se nesta altura já indaga o leitor:
Mas, o que tudo isto teria a ver com Prefácio,
Com "Por que Prefácio?",
Eis, doravante a resposta.

Se na expressão de Latino Coelho,
"A história do globo é o preâmbulo à
Crônica do homem"...
Se prólogo é o discurso
Que antecede uma obra escrita.
Se - voltando ao Sábio Lusitano -
"A geologia é o prólogo da humanidade".

Se prefação é
"a ação de falar antecipadamente";
Se prolegômeno é
"exposição preliminar
Dos princípios gerais
De qualquer ciência ou arte";
Se intróito é entrada,
Princípio, começo;
Se introdução é cabimento;
Se exórdio é a maneira
Como uma coisa é começada
Ou inaugurada;
Se prolóquio é máxima,
Adágio,
Sentença dito ou provérbio...
Por que Prefácio?

Porque Prefácio
Contém em resumo,
Sumariza,
Fala antecipadamente,
Expõe preliminarmente,
Traz os princípios gerais,
É introdução,
Inaugura.

Prefácio condensa,
Recopila,
Abrevia;
Epílogo
Reduz,
Condensa,
Concentra.

Prefácio
- ora, amigos prefacianos -
Simboliza em ponto pequeno,
Representa,
Faz consistir,
CONSUBSTANCIA
O IDEAL DE CLÉSIO SILVA,
O acervo a cada dia crescente
Dos tantos poetas independentes,
Dos que se comunicam
Pela linguagem escrita,
Pela língua,
Pela palavra.
Dos que cultuam,
Dos que cultivam
A doce Arte
Cujo assunto
Aqui se fez prefácio
Para que chegássemos
Enfim a responder
"Por que Prefácio?"

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A AULE ESCLARECE AO SEGUNDO SECRETÁRIO

Acadêmico José Martins Silveira Junior,
2o. secretário da AULE

Nobre confrade:

Quanto ao livro, falta a entrega de trabalhos que a diretoria da AULE não seria perdoada pelo fato de a Coletânea não contemplar os autores. O presidente Marum Alexander obteve, precisamente hoje, nova promessa do acadêmico José Altivo (uma pessoa que sabemos muito ocupada) de enviar-nos os trabalhos dele e do Manoel. Já até estamos até conseguindo prorrogação do prazo junto à Prefeitura, porque em abril não fica pronto. Está sendo revisado por Cláudia Condé. O livro com o discurso do Dr. Euclides deve ser lançado em abril, talvez no dia 30, estamos dependendo da confirmação da presença dele, que autografará. Previsto para 22 de maio o lançamento do livro do Rosalvo que é biografia de Antonio Queiroz, odontólogo ubaense.

O nobre 2o. secretário da AULE tem razão na sua queixa. Mas está em elaboração um ofício circular (ainda não foi expedido porque minha impressora está no conserto) dizendo dessas dificuldades e da utilização de um órgão de comunicação auxiliar ao Boletim, que sai defasado. Esse órgão, que permite a divulgação 'instantânea', já está funcionando e foram enviadas sucessivas mensagens de e-mail comunicando isso. É o http://blogdoestevam.blogspot.com/ , que com o nome de Blog do Juninho faria o mesmo papel.

Nesse blog, precisamente ao final do texto (acesse exatamente o link http://blogdoestevam.blogspot.com/2010/03/manoel-jose-brandao-teixeira-curriculo.html ),
lê-se, por exemplo:

"Espirando-se o mandato em 27 de junho próximo (2 anos após a eleição e posse últimas acontecidas), com a AULE desde 23/03/2010 sob a presidência do acadêmico Marum Alexander, que era o vice-presidente e assumiu automaticamente, aí poderá ser convocada e realizada eleição para nova diretoria".

Este mesmo blog está publicando hoje o ESTATUTO DA AULE.

Quanto a marcar reunião, estou enviando esta resposta a você c.c. para o nosso presidente Marum Alexander, para ciência dessa sua pergunta.

Suas outras perguntas geraram esclarecimentos, valeu!

Continuo à disposição sua e de todos.

Estevam

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--- Em seg, 5/4/10, Jose Junior Martins Silveira escreveu:


De: Jose Junior Martins Silveira
Assunto: LIVRO
Para: "ACADEMIA UBAENSE DE LETRAS"
Data: Segunda-feira, 5 de Abril de 2010, 15:18


CARO ESTEVAM, SOLICITO NOTÍCIAS DO NOSSO LIVRO. OUTRO ASSUNTO: MARCAR REUNIÃO PARA DEFINIÇÃO DE ELEIÇÃO DA NOVA DIRETORIA. MARCAR DATA E CUMPRIR, CASO CONTRÁRIO FICA IGUAL O CASO DO LIVRO. SEI QUE NÃO É SUA FUNÇÃO, MAS COMO SEGUNDO SECRETÁRIO MAL INFORMADO QUE SOU, ESTOU PROVOCANDO PROPOSITADAMENTE AS DUAS QUESTÕES. TENHO CONVERSADO COM ALGUNS CONFRADES E ELES SENTEM O MESMO DESCONFORTO DA NÃO INFORMAÇÃO.
SAUDAÇÕES ACADÊMICAS, JUNINHO CARNEIRO.

ESTATUTOS DA ACADEMIA UBAENSE DE LETRAS

ACADEMIA UBAENSE DE LETRAS
Nulla dies sine linea
Casa de Antônio Olinto
Fundada em 29 de julho de l983
Entidade de Utilidade Pública
Lei Estadual n. 9.249/86 – Lei Munic. n. 1.729/86
Av. Cristiano Roças, 163 – 2o. piso – UBÁ-MG – CEP 36500-000
e-mail: academiaubaensedeletras@yahoo.com.br



ESTATUTOS DA

ACADEMIA UBAENSE DE LETRAS

(Registrado no Cartório de Registro de Títulos e Documentos da Comarca de Ubá)



CAPÍTULO I

Art. 1º. – A ACADEMIA UBAENSE DE LETRAS, fundada no dia 29 de julho de 1983, na cidade de Ubá, MG, onde se encontra sua sede e domicílio, é uma sociedade civil, de prazo ilimitado, e reger-se-á consoante os presentes Estatutos.

Art. 2º. – A Academia tem por finalidade:
A) Acolher, em seu seio, sem distinção de sexo, religião, ou idéias políticas, os valores artísticos e literários do município, na forma estabelecida nestes Estatutos;
B) Desenvolver, nesta comuna, a cultura, a história da terra, o culto à literatura e as letras e artes, homenageando os escritores locais;
C) Comemorar as grandes datas locais e os grandes nomes municipais.

Art. 3º. – A Academia compõe-se de quarenta membros, nascidos em Ubá ou ligados à cidade, podendo ter outros tantos correspondentes.

Parágrafo único: Qualquer que seja o gênero de cultura: poesia, romance, contos, história, filologia, crítica, jornalismo ou especializadas constituem elemento para aquisição do sócio.

Art 4º. – O sócio será proposto por um dos membros e examinada a proposta pela comissão de Sindicância e aprovada pela casa, que tomará posse em sessão destinada a esse fim.

Parágrafo 1º. – Cada novo membro, com proposta aprovada e aceita, escolherá um vulto ilustre do município para seu patrono, cujo elogio (panegírico) fará.

Parágrafo 2º. – Os escritores nascidos em Ubá, mas residentes fora do município, farão parte da Academia, mas não estão sujeitos à freqüência às sessões.


CAPÍTULO II
DOS SÓCIOS

Art. 5º. – A Academia terá as seguintes categorias de membros:
a) Fundadores;
b) Efetivos;
c) Correspondentes;
d) Honorários.

Parágrafo 1º. – Fundadores são os que assinaram a ata de fundação

Parágrafo 2º. – São efetivos os que forem propostos por qualquer sócio e, após parecer favorável da comissão de Sindicância, aceitos em sessão comum.

Parágrafo 3º. – Correspondentes, os que, residentes fora do município, forem julgados dignos dessa homenagem por serviços prestados à casa.

Parágrafo 4º. – Honorários, quaisquer cidadãos, ubaenses ou não, que prestem serviço relevante à casa ou a ela destinem quantia vultuosa.


CAPÍTULO III
DA ADMISSÃO DE SÓCIOS

Art 6º. – Admitir-se-ão como sócios os que tenham publicado trabalhos de mérito literário ou científico, em livros ou publicações, ou obras de valor artístico.
Parágrafo único – Qualquer proposta feita por sócio efetivo receberá parecer escrito.

Art. 7º. – Serão excluídos do quadro social os sócios condenados por crime infamante e os de comportamento indesejável e os que, residentes no município, faltarem dois anos seguidos às sessões, sem justificativas.

Art. 8º. – Far-se-á a exclusão por proposta da Diretoria e votação secreta.


CAPÍTULO IV
DA DIRETORIA

Art. 9º. – A Academia será composta de 40 Acadêmicos, sendo 30 efetivos, residentes em Ubá, e 10 efetivos, de ubaenses ausentes.

Art. 10º. – São os seguintes os cargos de direção da Academia Ubaense de Letras:

1) Presidente
2) Vice-Presidente
3) Primeiro Secretário
4) Segundo Secretário
5) Tesoureiro
6) Bibliotecário

Art. 11º. – O mandato da Diretoria terá a duração de dois anos, podendo os membros ser reeleitos.

Art. 12º. – É também órgão da Diretoria a Comissão de Sindicância, que examinará as propostas de novos sócios, fiscalizará as contas da entidade e proporá as medidas necessárias ao bom funcionamento da instituição.


CAPÍTULO V
DAS ATRIBUIÇÕES

Art 13º. – Ao Presidente, que é o representante legal da Academia em juízo e fora dele, compete:

a) Presidir as sessões;
b) Desempatar a votação;
c) Cumprir e fazer cumprir os Estatutos;
d) Assinar, com o secretário, os Diplomas dos sócios;
e) Convocar as sessões solenes, fixando local, data e hora;
f) Designar os oradores e representantes da Academia;
g) Autorizar as despesas sociais;
h) Rubricar os livros, assinar as atas, despachar a correspondência e fixar a ordem do dia;
i) Assinar, com o Tesoureiro, os cheques e ordens de pagamento;
j) Designar o acadêmico para saudar os novos sócios.

Art. 14º. – Caberá ao Vice-Presidente substituir o Presidente em suas faltas e impedimentos, cooperando com ele em toda a vida social.

Art. 15º. – Compete ao Primeiro Secretário:
a) Lavrar as atas da sociedade e lê-las;
b) Assinar os diplomas dos sócios com o Presidente;
c) Substituir o Vice-Presidente nas suas faltas;
d) Participar da Mesa Diretora
e) Cuidar da correspondência.

Art. 16º. – Compete ao Segundo Secretário:
a) Substituir o 1º. Secretário em suas faltas;
b) Organizar o “Curriculum Vitae” dos Acadêmicos.

Art. 17º. – Compete ao Tesoureiro guardar os valores patrimoniais, manter escrituração contábil, receber mensalidades, fazer prestação de contas quando exigida pela Diretoria.

Art. 18º. – Compete ao Bibliotecário organizar a biblioteca, maximé com obras dos Acadêmicos patronos, solicitar obras e trabalhos publicados e apresentar relatório anual do movimento, bem como arquivar os discursos e conferências pronunciados na Academia.


CAPÍTULO VI
DAS COMISSÕES

Art 19º. – Compete à Comissão de Sindicância, nomeada pela Diretoria:

a) Dar parecer sobre proposta de novos sócios;
b) Zelar para que, na Academia, só se trate de assuntos literários e artísticos;
c) Apresentar propostas dos Acadêmicos, não resolvidas pela Diretoria.


CAPÍTULO VII
DEPARTAMENTO DE ARTES

Art. 20º. – Compete ao Departamento de Artes preparar programas para abrilhantar as sessões solenes, em qualquer gênero artístico.

CAPÍTULO VIII
DOS DIREITOS E DEVERES

Art. 21º. – São direitos dos sócios efetivos;
a) Freqüentar a sede social, assistir as sessões e tomar parte nos debates;
b) Votar e ser votado;
c) Apresentar e ler, nas sessões, trabalho de sua autoria ou comentar o de outros autores;
d) Consultar a Biblioteca e o registro de sócios e endereços.

Art. 22º. – São deveres dos sócios:
a) Comparecer assiduamente às sessões;
b) Quitar-se na Tesouraria;
c) Fazer o elogio do patrono;
d) Abster-se de discussão sobre assuntos políticos, partidários e religiosos no recinto.
e) Zelar pelo bom conceito da Instituição;
f) Não divulgar assuntos sigilosos.

Art. 23º. – Aprovada a admissão, o novo sócio prestará o seguinte compromisso:

“Prometo trabalhar pelo engrandecimento da Academia Ubaense de Letras, para a pureza do idioma nacional, exercitando o trato das letras e da literatura, obedecendo o seu Estatuto e as resoluções da Casa e decisões da Diretoria.”.

Art. 24º. – O Acadêmico designado pela Diretoria para receber o novo membro fará o elogio de sua obra e o recipiendário fará o elogio do patrono escolhido.


CAPÍTULO IX

A Academia reunir-se-á na última sexta-feira de cada mês e, de dois em dois anos, para eleger a sua Diretoria e Comissão de Sindicância.

Parágrafo 1º. – Na primeira sexta-feira seguinte, dar-se-á posse da nova Diretoria, quando o Presidente fará o relatório anual das atividades, das contas, da vida cultural, mandando submeter as contas à Comissão de Sindicância e a posterior apreciação da Academia.

Parágrafo. 2º. – Numa homenagem aos dois pioneiros, fundadores da Academia Ubaense de Letras, Profa. Maria Clotilde Batista Vieira e Dr. Iran Ibrahim Jacob, seus nomes deverão figurar nas chapas administrativas até quando eles assim o desejem.

Art. 26º. – O patrimônio social será constituído pelo produto da arrecadação das anuidades, pelos donativos, pelas subvenções e promoções sociais.

Parágrafo Único – Em caso de extinção da Academia, o patrimônio reverterá à Biblioteca Pública da cidade.


CAPÍTULO XX
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 27º. – Os sócios da Academia não respondem, individual ou coletivanente, pelas obrigações sociais.

Art. 28º. – A outorga do diploma acadêmico dos sócios-fundadores far-se-á em reunião extraordinária e festiva, sem implicar o elogio ao patrono, que será feito em ocasião oportuna, determinada pelo Presidente.

Art. 29º. – A entrega dos Diplomas aos sócios convidados posteriormente à fundação da Academia ocorrerá após o elogio ao seu patrono.

Art. 30º. – A Diretoria, coletivamente, poderá expedir resoluções supletivas ou interpretativas dos Estatutos.

Art. 31º. – Os presentes Estatutos poderão ser modificados por deliberação da Assembléia Geral, especialmente convocada para tal fim.

Art. 32º. – Os casos omissos serão solucionados por decisão da Diretoria.

Art. 33º. – Cada membro da Academia receberá, gratuitamente, um exemplar dos presentes Estatutos.


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